domingo, 26 de setembro de 2010

Nova lei proíbe eutanásia de animais sadios em Pernambuco

Foi sancionada, na última terça-feira, a Lei 14.139, que estabelece o controle populacional e veta o sacrifício de cães e gatos que vivem nas ruas no estado de Pernambuco. A boa notícia veio pouco mais de dois meses após o sofrimento trazido pelas fortes chuvas ocorridas durante o mês de junho deste ano.
A partir de agora, só poderão ser eutanasiados os animais que estiverem infectados por doenças que oferecem risco à saúde humana ou animal - condição que deverá ser comprovada por laudo médico-veterinário.
Além dessa medida, a nova lei estabelece outras providências: identificados e registrados, os animais recolhidos pelos órgãos de zoonoses ficarão à disposição dos donos por um período de 72 horas. Caso não sejam procurados, serão encaminhados para esterilização e colocados para a adoção.
A Lei 14.139 é de autoria de André Campos (PT), deputado estadual que já demonstrou, em reuniões com ONGs de proteção animal, o seu comprometimento com a causa.

Fiscalização: uma nova etapa

Para Maria Padilha, presidente da Associação Amigos Defensores dos Animais e do Meio Ambiente - AADAMA, a lei traz um grande avanço ao estado de Pernambuco. Entretanto, ainda há muito a ser feito:
– Estamos cientes da longa jornada pela fiscalização do cumprimento da lei em tudo que ela estabelece, principalmente para evitar superpopulação e maus-tratos aos animais. Não vai ser uma tarefa fácil, mas acredito que todo o movimento de proteção animal está disposto e consciente de sua responsabilidade – afirmou Padilha.
Para ajudar no cumprimento efetivo da nova lei, a AADAMA já entrou em contato com o Centro de Vigilância Ambiental de Recife – CVA para reativar o Conselho Gestor. Esse reúne profissionais da saúde e representantes da comunidade, com o objetivo de garantir melhorias na prestação de serviços, na revisão de contratos e no redimensionamento de investimentos, além de combater a corrupção e desperdícios.
Mais de uma tonelada de ração animal Pedigree e 500 doses de vacina Recombitek, da Merial, foram distribuídas >>

Âmbito Federal

Tramita atualmente na Câmara dos Deputados projeto de lei que versa sobre o mesmo tema. O PL 1376/2003 (cujo número no Senado é PLC 04/2005) cria a política nacional de controle populacional de cães e gatos que vivem nas ruas, e proíbe a eutanásia de animais sadios.
A matéria foi aprovada recentemente em plenário do Senado, e retornou à Câmara para análise de suas emendas. Após a aprovação ou rejeição das emendas, segue para sanção ou veto presidencial.
Saiba mais sobre a aprovação do projeto no Senado>>

sábado, 25 de setembro de 2010

Temporada das baleias jubarte no sul da Bahia vai até novembro

No início, é só uma nuvem ao longe, como um sinal de fumaça. Ao olho destreinado, parece miragem. Depois, um ponto negro, que aparece por alguns segundos em meio às ondas. De perto, porém, uma jubarte é o que se espera dela: um animal de 40 toneladas e 16 metros de comprimento. E muito mais: emoção, surpresa e a garantia de ter presenciado algo único. Na temporada do desfile de baleias no mar do Sul da Bahia — que vai de julho a novembro — nunca há dois passeios iguais, explicam os guias.

Saindo da vila de Cumuruxatiba, distrito do município de Prado, o passeio é feito no barco Rei Cigano. Avistar as jubartes não é garantido, e os grupos de baleias, claro, mudam de lugar. Na semana passada, até encontrar o primeiro grupo — duas adultas e um filhote — foram sete milhas (cerca de 12 quilômetros) mar adentro, em quase duas horas de viagem.

Daí em diante, por cerca de meia hora, os animais são seguidos de perto. Soltam grandes borrifos d’água cada vez que emergem. Dentro do barco, são gritos de comemoração e cliques de máquinas fotográficas. Um hidrofone (microfone subaquático) baixa ao mar e, com sorte, é possível ouvir o canto das jubartes.

Segundo a bióloga Juliana Prataviera, que acompanha o passeio, as baleias saem da Antártica no inverno para procriar e se reproduzir nas águas quentes da Bahia.
Vista parcial da vila de Cumuruxatiba. Foto: Giampaolo Braga/Extra

A pressa fica no asfalto da BA-489, a 32 quilômetros de Cumuruxatiba. Na vila, onde se chega por uma estrada de terra batida, o tempo passa devagar, no ritmo das marés. Com 4.500 habitantes, o lugarejo já tem alguns confortos, como lan-houses e supermercado, e sofisticações, como ateliês de arte, restaurantes de comida internacional e regional e um café. Mas pela dificuldade de acesso e o espírito do local — várias árvores têm pendurado o cartaz “Seja educado, não ligue o som do carro” —, a vila atrai principalmente quem quer tirar o pé do acelerador da vida numa cidade grande.

Praia do Imbassuaba, com a foz do Rio Imbassuaba, em Cumuruxatiba. Foto: Giampaolo Braga/Extra


Em quase todas as praias, um rio deságua, manso, no mar. Foi na foz de um dos rios de Cumuruxatiba, o Cahy, que Pedro Álvares Cabral fundeou sua esquadra pela primeira vez no Brasil, em 1500. De lá para cá, a região continua sendo descoberta — devagar, como convém — por estrangeiros e brasileiros

Polícia ambiental prende 27 em operação especial no noroeste paulista - O Globo

Polícia ambiental prende 27 em operação especial no noroeste paulista - O Globo: "SÃO PAULO - A Polícia Ambiental e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público realizara neste sábado uma megaoperação contra a caça ilegal. Armas, carne de animais silvestres e couro foram apreendidos. De acordo com o balanço divulgado pela Polícia Ambiental, 27 pessoas foram presas. Foram apreendidas 48 armas, munição, além de uma grande quantidade de materiais usados para a caça e pesca.

Sessenta policiais se dividiram em equipes para percorrer municípios da região. Numa propriedade em Uchoa, foram localizadas três espingardas e um revólver calibre 38. As armas não tinham registro.

Em Urupês, mais um flagrante: 10 quilos de carne de cotia foram encontrados em um freezer de um sítio. Em Ibirá policiais apreenderam 136 metros de redes de pesca e esta pistola automática que estava com o registro vencido.

Em outra propriedade rural, em Potirendaba, foram apreendidas 4,5 metros de couro de sucuri, três facões, munição, e espingardas equipadas para caça.

O principal objetivo da polícia neste trabalho é combater o porte ilegal de ramas relacionado à caça de animais silvestres. Ao todo, foram cumpridos 46 mandados de busca e apreensão em sete municípios.

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G1 - Suspeitos de tráfico de papagaios são multados em R$ 155 mil em MS - notícias em Brasil

24/09/2010 13h25 - Atualizado em 24/09/2010 16h48

Suspeitos de tráfico de papagaios são multados em R$ 155 mil em MS

Dois homens de São Paulo foram flagrados com filhotes no carro.
Polícia diz que agricultores costumam ajudar os traficantes.

Do G1, em São Paulo
Filhotes de papagaios apreendidosFilhotes de papagaios apreendidos
(Foto: Divulgação/PMA-MS)
A Polícia Rodoviária Federal apreendeu, na noite de quinta-feira (23), 155 filhotes de papagaio na BR-267, próximo a Bataguassu (MS). Dois homens foram multados em R$ 77.500 cada, e o veículo em que estavam foi recolhido. Os suspeitos e o carro são de São Paulo, onde as aves seriam vendidas.

O chefe de comunicação e educação ambiental da Polícia Militar Ambiental em Mato Grosso do Sul, capitão Edmilson Queiroz, informou que as aves apreendidas foram entregues na manhã desta sexta (24) no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras). Elas receberão cuidados até estarem prontas para serem devolvidas à natureza, o que pode levar mais de um ano.

Segundo o militar, essa espécie de papagaio é abundante em Mato Grosso do Sul. Por isso, “os traficantes aliciam pessoas mais simples da zona rural para retirar os animais dos ninhos e avisá-los para vir buscá-los”. “Tem agricultor de milho e outras culturas que considera o papagaio uma praga aqui”, afirmou

Voluntários acusam prefeitura de cortar comida de animais do Campo de Santana - O Globo

Voluntários acusam prefeitura de cortar comida de animais do Campo de Santana - O Globo: "RIO - Na entrada do Campo de Santana, próximo ao Hospital Souza Aguiar, a placa de boas-vindas ao parque informa que é proibido alimentar os animais. Contudo, sem o ato generoso de dezenas de voluntários, as centenas de cutias, gatos e patos que lá habitam correm o risco de passar fome. O grupo denuncia que a prefeitura cortou 80% do alimento que era servido aos bichos, acusação negada pela Fundação Parque e Jardins.

- É um total descaso, além de reduzirem drasticamente a quantidade de comida, passaram a comprar uma ração de péssima qualidade para os gatos. Os bichinhos não querem comer e, se a gente não misturar com a ração de melhor qualidade, que nós mesmo compramos, os gatos poderiam morrer de fome - reclama Dione Gomes, que há mais de um ano presta serviço voluntário junto à clínica improvisada dentro da área do campo para fazer a esterilização dos gatos.

Dione contou ainda que a prefeitura apenas arca com o custo da anestesia, e que os voluntários pedem doação para a compra do restante do medicamento para o tratamento dos bichos:

- A maioria das cotias está com a pele ressecada. A cada semana morrem ao menos três delas aqui no parque.

A denúncia é reforçada pela Associação Nacional de Implementação dos Direitos dos Animais (Anida). A entidade informou que até a variedade de verduras que era fornecida aos patos foi cortada e lamentou que o trabalho de castração feito nos gatos não esteja atendendo a demanda do parque. O grupo estima que apenas 40% dos 300 bichanos sejam esterilizados.

Moradora de Piabetá, a aposentada Julia Soares da Silva, de 74 anos, todos os dias acorda às 6h para chegar ao Campo de Santana às 9h e começar a alimentar os animais. Voluntária há 10 anos, ela garante conhecer a maioria dos gatos que moram no parque e chegou a colocar nome em alguns deles.

- A mais branquinha é a 'Xuxa'. O rei do pedaço é o 'Saddan', todos os gatos respeitam ele. Tem também o 'Cabeção' e 'Angélica'. Todos eles me atendem quando chamo - conta, orgulhosa a senhora, que deixa o parque às 18h e circula o campo por fora para alimentar os demais animais que moram nas redondezas.

A Fundação Parque e Jardins, contudo, negou que tenha reduzido a alimentação dos bichos. Através de nota, o órgão garantiu que 'a prefeitura é perfeitamente capaz de alimentar os animais' e afirmou que 'as voluntárias precisam de motivos para pedir dinheiro à população, e muitas se valem do argumento de que precisam proteger os gatos, para pedirem dinheiro através de doações.' Ainda segundo o órgão, no campo residem cerca de 120 patos, 60 irerês, 250 cutias, dois pavões, um galo garnizé, um frango, uma galinha d'angola e cerca de 250 gatos

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SP mantém suspensa vacinação contra raiva para animais - O Globo

SP mantém suspensa vacinação contra raiva para animais - O Globo: "SÃO PAULO - A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo mantêm suspensa a vacinação contra raiva para cães e gatos, após a constatação que a vacina causou reação adversa acima do esperado e a morte de 15 animais. A suspensão é por tempo indeterminado, até que os Ministérios da Saúde e da Agricultura decidam se será necessário substituir os lotes do medicamento ou mesmo trocá-lo por outro. Este lote foi o único distribuído nos municípios de São Paulo e de Guarulhos, os mais populosos do estado e responsáveis por 67% das notificações de reações adversas.

De 13 de agosto a 21 de setembro foram notificados 3.424 casos de reação em cães e gatos vacinados em São Paulo, dos quais 890 (26%) foram considerados graves. Das reações graves, 717 foram em gatos. A incidência de eventos adversos foi de 4,86 casos a cada mil animais vacinados e é considerada elevada quando comparada com registros de eventos adversos da cidade de São Paulo nos últimos três anos, quando os índices sempre inferiores a 0,07 casos de reação por mil animais vacinados.

Laudos das necropsias de 15 animais mortos após a vacinação, elaborados pela Universidade de São Paulo a pedido da Secretaria aponta que cinco deles tiveram hemorragias digestivas. Outros dois também tiveram problemas no aparelho digestivo, sem confirmação de sangramento. Os demais apresentaram problemas diversos, como choque hipovolêmico e broncopneumonia. Dois laudos apontaram a causa da morte como indeterminada. Não é possível, entretanto, estabelecer a associação causal entre a vacina e os quadros encontrados nas necropsias.

A secretaria lembra que a vacina contra a raiva humana, diferente do produto contra a raiva animal, está sendo oferecida normalmente à população de São Paulo para casos de mordedura, lambedura ou arranhadura de mamíferos

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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Animais em extinção


Da América à Ásia, de Norte a Sul, o tráfico ilegal de animais vivos, floresce. O mercado consumidor são os colecionadores privados, laboratórios de pesquisa, lojas de animais, zoológicos, circos e até curandeiros da Ásia. É o terceiro maior negócio em contrabando depois de drogas e armas. Os traficantes combinam ingenuidade com desumanidade nos métodos de disfarce da bagagem/animal. A maioria dos especialistas em desvendar o tráfico animal concorda que a melhor estratégia é conscientizar os compradores e não os vendedores (pois este tráfico é extremamente lucrativo para eles).
 
 
Existem hoje, no mundo, em torno de 7500 tigres; 60% deles estão em território indiano, divididos em 21 reservas. A India tem sido o pais que mais se dedica à preservação, mas seus esforços têm sido fortemente ameaçados por traficantes ligados ao rico mercado do tigre: vendem seus ossos (famosos na medicina chinesa), sua pele, sua carne e até mesmo seus olhos. Os curandeiros chineses acreditam que o pó de seus ossos cura reumatismo e garante longevidade, pílulas feitas dos olhos acabam com as convulsões, o pênis traz virilidade (um prato de sopa desta parte do corpo do tigre pode custar $320 US na Tailândia). Sua pele pode chegar à $15000 US no mercado Árabe. Além do tráfico, o aumento da população que disputa a caça com os tigres, destrói seu "habitat" natural e finalmente investe contra eles próprios, são sua maior ameaça. Os tigres sempre exerceram fascínio sobre os homens: os registros remontam até 6000 anos atrás, onde desenhos de tigres foram encontrados próximo ao rio Amur na Rússia. Segundo os arqueólogos, os habitantes da região os reverenciavam como seus ancestrais e como Deuses. Na mitologia hindu o tigre é o veículo da Deusa Durga; na China do Patriarca Chang Tao-ling. Na região do Mar Cáspio, eles se extinguiram em 1970, na Ilha de Java em 1980, e em Bali em 1940. A India é hoje o lugar onde a batalha pela sobrevivência dos tigres vai ser ganha ou perdida. O pais tem uma cultura na qual as pessoas genuinamente respeitam a natureza, mas seu crescimento populacional é tremendo e ameaçador. Homens e tigres coexistiram por milhares de anos, neste século o desafio está lançado.


Chimpanzé
Dra.Jane Goodall, primatologista, estudou os chimpanzés do Parque Nacional de Gombe, na Tanzânia, por mais de 35 anos. Seu trabalho de dedicação, amor e afeto, tem sido exemplo para milhares de pessoas preocupadas com a sobrevivência animal, e com os problemas ecológicos que temos enfrentados neste século. Em 1957, com 23 anos, Dra.Jane viajou para o Kênia começando a trabalhar com o Paleontologista Dr.Louis S.B.Leakey, que a incentivou a estudar os chimpanzés na Tanzânia, estudo que iniciou em 1960. Desde 1965 que seu trabalho vem chamando a atenção de todos, leigos e cientistas, tanto pelas descobertas revolucionárias sobre o comportamento dos chimpanzés, quanto pela sua luta pela preservação. Hoje, sua área de trabalho corresponde à maior comunidade de estudo animal do mundo.Dra.Jane criou o programa "Roots & Shoots" com o objetivo de conscientizar as crianças africanas sobre os animais plantando as sementes para a conservação futura. Esta idéia de um programa dirigido a jovens naturalistas, expalhou-se por vários paises, e hoje existem 250 grupos de "Roots & Shoots", que contaram com a participação da Dra.Jane Goodall através de incansáveis palestras.
- National Geographic, December 1995 -

Gorila
A maior parte dos gorilas ainda existentes hoje, encontra-se em reservas distribuídas no Zaire, Uganda e Ruanda. O gorila das montanhas, impressionante, "inteligente, gentil, vulnerável", alvo de lendas e fantasias, sofreu neste século a maior ameaça de sua história. Desde a época da África-colônia, alemães e belgas, além de caçarem gorilas, dividiram seu habitat em fazendas e territórios arrendados para esquemas de agricultura européia. Programas de conservação e conscientização ecológica começaram a surgir somente na década de 70, quando a Sociedade de Conservação da Vida Animal - New York, em consórcio com outras organizações conservacionistas, criaram o Projeto do Gorila da Montanha. Hoje este projeto é um dos maiores exemplos de sucesso na história da conservação animal. Em Ruanda, o sucesso foi tão surpreendente que a população do pais passou a orgulhar-se de seus gorilas a ponto de não os ameaçarem durante a última guerra civil, em 1990. Apesar das reservas e florestas serem invadidas pelo exército, só se tem notícia de um gorila morto nos quatro (4) anos de guerra, e no auge do conflito, o Primeiro Ministro de Ruanda declarou publicamente o compromisso de seu pais com os gorilas. As duas etnias em guerra, Tutsi e Hutu, concordaram em não matá-los.
Triste Notícia: 1999 - re-iniciada a guerra civil em Ruanda. Estatísticas divulgadas pela imprensa mundial revelam que no último semestre de 1998 foram mortos 23 gorilas em Ruanda, vítimas das revanches Hutus, quando também assassinaram vários turistas britânicos e americanos. As autoridades do país perderam o controle da situação mais uma vez.


Panda
O Panda, originário da China, corre grande risco de extinção. Tanto as mudanças climáticas - esquentamento - quanto mudanças no seu habitat - aumento da população envolvente e conseqüente diminuição de alimento, são grandes ameaças. Ele é vegetariano, se alimenta basicamente de bambus, tem dificuldade de enxergar, não se reproduz em cativeiro e não suporta o calor forte. Várias organizações internacionais têm se esforçado para salvar este que é um dos mais meigos entre os animais de grande porte.


Hellabrunn Zoo

O moderno zoológico Hellabrunn, em Munich, Alemanha, é um dos mais interessantes projetos de recuperação e criação de espécies em risco de extinção. A manutenção dos animais em ambiente natural, a criação das espécies ameaçadas para posterior transposição para suas regiões de origem, são a especialidade do zoológico que cria uma enorme quantidade de espécies que vão das aranhas mexicanas "redknees" (joelhos-vermelhos) a uma variedade de pássaros e de animais de grande porte onde sua estória mais surpreendente é o sucesso com os Przewalski, uma sub-espécie de cavalos selvagens originários da Mongólia, descobertos por volta de 1870 por um explorador russo.


Projeto Tamar

O Projeto Tamar é um dos mais bem sucedidos projetos de preservação de espécies marinhas em risco de extinção no Brasil. Dedicado à preservação das tartarugas marinhas o projeto estende-se por toda a costa brasileira inclusive Fernando de Noronha e Atol das Rocas, dividindo a costa em áreas de alimentação, de reprodução e mistas. As tartarugas têm mais de 150 milhões de anos, resistiram a inúmeras ameaças inclusive adaptando-se de seu habitat original que era a terra, para o marítimo, o que gerou várias mutações no processo de adaptação, mantendo apenas a desova em terra - em praias desertas e durante a noite. Este é seu ponto mais vulnerável. O crescimento populacional e conseqüente invasão das praias tanto com pessoas como com luz elétrica, tem diminuído drasticamente os locais de reprodução das tartarugas marinhas gerando risco de extinção. Os esforços do Projeto Tamar têm garantido-lhes a continuação da espécies. 

Situação Mundial
Cientistas do Plano das Nações Unidas para o Meio Ambiente calculam que existam entre 10 e 100 milhões de espécies de seres vivos no planeta. Hoje, somente 1,4 milhões são conhecidos e 25% estão ameaçados de extinção. Todo dia, no mundo inteiro, desaparecem quase trezentas espécies animais e vegetais devido à destruição de seus habitats. O Brasil é um dos países com o maior nível de biodiversidade do planeta. Infelizmente, vários fatores têm contribuído para a destruição de grandes áreas dos ecossistemas mais ricos do país: Amazônia, Pantanal, Mata Atlântica e Cerrado. Dentre as atividades que ameaçam estes ecossistemas estão a agricultura e pecuária, a extração de madeira, a mineração e a indústria poluente. Em 1990 o IBAMA compilou uma lista de animais em extinção no Brasil. A maioria das espécies é oriunda da Amazônia, Mata Atlântica e Pantanal. Entre eles estão: 57 mamíferos, 108 aves, 9 répteis e 32 invertebrados.